quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Roubei de uma amiga querida, Candice. Saudade de tu , flor de mandacaru

Meus versos são descalços,
Porque gosto da quietude das palavras.
Há muitas interferências entre pés e chão.
Há muitas interferências dentro.
Há interferências demais.
Gosto do silêncio que cala.
Gosto de palavras simples.
De palavras humanas.
Da palavra filho.
Do sentimento mãe.
Gosto de seres.
Seres e pessoas.
Pessoas, em geral, são poemas.
Poemas explodem, invadem e desaguam em forma de palavras.
Meus versos são descalços, porque são as mãos que os escrevem.
Meu coração fala pelas mãos.
Meu coração precisa falar.
Minhas mãos precisam de poesia.
Meus pés precisam pisar o chão.
Meus versos descalços versam o mundo
Pisam no chão.

adriana monteiro de barros, no livro Ponte de versos, fevereiro de 2007.

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