quarta-feira, 19 de dezembro de 2018
Pressa pra que ?
Nao há nada mais controverso que o tempo. As lágrimas secam, os sorrisos dormem e a pergunta que não quer calar, mudamos ou permanecemos? Se essa transitoriedade existir, e eu acho que existe, mudei muito. Deixei a fumaça, as bebedeiras e a risada comprida, uma seriedade só, esquizofrênica vida adulta. Que bosta é crescer, as crianças são tão sortudas, acho que é por isso que eu as amo, elas me lembram da melhor versão de mim. São tantos os pensamentos que me perco na direção, a vida como um jogo exato é ilusão, quantos caminhos tortos e despedidas. Hoje sou um misto de tudo que já fui, do que não quero ser e dos sonhos que o mundo insiste em querer me roubar. Eu confesso que tenho uma mania de insistir, porque raiz forte segura ventania. Tudo que é bom demora, não apresse os resultados meu amor, a vida pede paciência, mas a gente sempre tem pressa.
domingo, 16 de dezembro de 2018
Tomorrow
I love regaining intimacy here. I was going to write about my quest to decide my academic future, whether is sociology, Spanish , culture , queer or politics, but I realized I do not know. There’s an uncertainty in life , every breath is a new choice and a last chance. How do I immortalize myself ? Maybe I am just mediocre, but I refuse to believe. My future is a drop of rain and I’m the desert.
sábado, 15 de dezembro de 2018
Detalhes
Como eu ousei esquecer o perfume das flores, os pingos da chuva , a sensibilidade do artista, o carinho desprentecioso, e a doçura da vida? Como meus pensamentos me enganaram? Que raiva por me permitir mergulhar na nuvem negra, eu sou a luz, a espada e o sol. Exorciso toda tristeza, desconfiança pessoal e insegurança. Pra longe de mim, pra sempre feliz.
domingo, 2 de dezembro de 2018
Feio também é bonito
There is beauty in despair. There’s company in loneliness, I’m a flower penetrating ciment, a gross pain of nature, a spontaneous abortion. The cigarettes burned the tips of my fingers and my lips, the morning joints and the late night drinks, were no longer me. I jerked off to promiscuity, because I wanted to fuck myself in a different way. There’s beauty!
sábado, 1 de dezembro de 2018
Pombos imundos
As pessoas não querem ser amadas, elas recusam meu amor o tempo todo. Eu reflito sobre a minha existência sentado no trono humanitário, onde todos se igualam. No escuro tenho menos medo, escrevo sobre mim a maior parte do tempo, pior coisa é ser coadjuvante, dar aos outros a liberdade de receber meu bem mais precioso, me coloca nessa categoria, mas que se fodam, não empresto mais meu amor, chega de migalhas, cansei desses pombos de cidade.
quarta-feira, 28 de novembro de 2018
I thought I couldn’t find my voice. There’s always this disassociation when it comes to expressing myself in this new light. The truth is that writing has kept me from disappearing, it’s what still connects me to who I truly am. I’m glad I can be transparent about how I feel, no shame. I mean , no more shame. Anxiety hasn’t abandoned me just yet, but I want it gone. Already thought about running to the emergency, screaming how society and everyone around me has failed me, how frustrated I’m , that I’m angry about the way we live, how careless we became , but instead I write.
Eu não sei o que aconteceu comigo, faz tempo que não investigo as minhas raizes. Será que existe energia negativa? Ou será que minha mente vive buscando culpados pra me absolver da culpa. A ansiedade vem me fodendo constantemente, a insônia é minha companheira mais filha da puta. Tento respirar pra acalmar as minhas tempestades internas, mas o nó na garganta me sufoca. Eu queria correr,gritar, pedir socorro, mas só fico aqui deitado. Escrever me alivia, talvez eu esteja andando com as pessoas erradas. Sinto saudade do meu marido, ele é definitivamente parte da minha família, o mais próximo que eu tenho do sentimento de casa, aconchego. Chamei um amigo pra dormir aqui, mas ele não cabe dentro de mim, gosto dele, mas no fundo não sei se ele gosta de mim. Estou melhorando depois de ter tomando um remédio, já me sinto mais calmo. Essa inabilidade de controlar meus sentimentos sem medicação é muito frustrante, sinto saudades do básico, acordar bem, dormir bem, ter um dia agradável sem sofrer de ansiedade. Essa palavra ganhou nova concepção pra mim, antes era sinônimo de pressa, agora é de pesadelo. Preciso reconquistar a capacidade de ser mais dono de mim, parece ser uma tarefa fácil, mas minha mente é muito ardilosa, não estou surpreso. Minha inteligência é prisão, antes eu tivesse nascido burro, insensível e alienado. Mentira!
quarta-feira, 27 de junho de 2018
Amor próprio
Estou aprendendo a me amar , acho que essa foi a tarefa mais desafiadora que eu recebi do universo. Conviver com os meus defeitos , às vezes é insuportável. Reconhecer o limite das minhas capacidades, admitir que sinto pena de mim mesmo. Não me acho vítima , porque aprendi que ser forte é mais honroso , mas também porque tenho um ego inabalável. Sempre soube me resolver , aprendi a ser um sobrevivente , carreguei minhas emoções no colo, coloquei algumas pra dormir, mas nunca me fingi de perfeito. Amo isso em mim, a aceitação da minha imperfectibilidade, a hipocrisia desonesta dos mentirosos, nunca me atraiu. Talvez não me ame completamente , porque eu seja inteligente demais. Talvez não.
terça-feira, 12 de junho de 2018
Deus existe sim
As crises me dominaram quando a poeira embaixo do tapete me fez tropeçar em um mar de pânico. Tantos segredos silenciados , tanta saudade acumulada, existe um limite pra alma humana existir, um limite que foi ultrapassado quando eu me vi deitado, desorientado dentro de mim. As lágrimas eram de desespero, pediam socorro , mas eu não podia mais me ajudar. Fui pro parque me acalmar, a proximidade da água sempre salva o carangueijo. Eu amo viver , às vezes eu odeio o que eu faço com a minha vida , mas eu ainda AMO viver. Deus reapareceu pra mim, obrigado universo.
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