Andou chovendo pedra no meu telhado,
corpo partido , coração estraçalhado.
Acordei de preto, uma dor sem tamanho anestesiando minha vida.
A tristeza de ser gente é que a gente morre,
as roupas que roubava do seu armário, ainda tenho.
Meu conforto é um suéter velho, era do meu avô.
Ele era indomável , contradizia o banal, sua loucura era poesia.
Era meio pai, meu amigo e profeta.
Hoje acordei desejando que o céu existisse, vou rezar antes de dormir.
Se alguém nesse mundo a fora ler o que eu escrevo,
eu mando amor pra todas as dores de vocês.